O economista e professor André Roncaglia é o diretor-executivo do Brasil no Fundo Monetário Internacional. À sua maneira, com rigor e sem alarde, nunca teve receio de andar na contramão. Estudava a “Escola Austríaca”, a preferida hoje de 10 entre 10 reacionários, especialmente porque nunca a entenderam, quando poucos por aqui davam bola à teoria. E, hoje, desafia a “doxa” conservadora, que sai por aí tonitruando: “O Brasil está na UTI“. A metáfora médica costuma ser a antessala dos chamados “remédios amargos”, que, claro!, têm sempre de ser ministrados contra os pobres. Numa entrevista iluminada, afirma Roncaglia: “É preciso, sim, que haja algum sacrifício para o país avançar, mas não o de quem está no andar de baixo”. E acrescenta: “Eu adoraria que os nossos ricos tivessem disciplina de mercado — a disciplina que eles gostam de empurrar aos outros. E eu acho que uma das maneiras de disciplinar a nossa elite é por meio de um programa de desenvolvimento, obrigando-a a se encaixar nesse programa. E ela vai ganhar! Olhem que punição!”. Uma das conversas mais fascinantes em 88 edições de “Reconversa”.
Créditos:
Produção @Dia Estúdio
Direção Geral: Rafa Dias
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Direção: Rodrigo Martins
Coordenação: Lilian Mahfud
Produção Técnica: Gabriela Leitão
Cinegrafista: João Pedro Januário
Cinegrafista: Guilherme Cassiano
Operador de Áudio: Alandson Silva
Coordenação de Design: Bruno Andrade
Design: Fabiano Santos e Pedro Padilha
Gerência de Pós-Produção: Renata Correa
Coordenação de Pós-Produção: Nicole do Nascimento
Edição: Fram Costa