O ex-ministro José Dirceu avalia que a esquerda “não está muito bem” e tem o desafio de crescer na Câmara dos Deputados e Senado Federal. Em entrevista à Rádio Jangadeiro BandNews FM 101.7, ele defendeu a reconstrução do PT: “precisamos trilhar um novo momento”.
“Não estamos bem. Pelo resultado de 2022 e 2024, não estamos bem. Estamos bem porque derrotamos o bolsonarismo, a tentativa de golpe à extrema esquerda, construímos uma frente ampla, elegemos o Lula, que virou a página do autoritarismo, do obscurantismo, do negacionismo. Nesse sentido, foi um grande avanço. Mas, ao mesmo tempo, em matéria de eleições legislativas, nós não fomos bem. Então, a esquerda, os progressistas, os democratas, têm um grande desafio: crescer na Câmara e no Senado”, afirmou.
Ao defender uma reconstrução do Partido dos Trabalhadores, Dirceu pontuou que a sigla comanda estados importantes, como Ceará e Bahia, mas precisa de atuação no Sul e Sudeste.
“O PT vai fazer um grande debate interno agora. Espero que mais de 1 milhão de filiados possam votar na eleição direta e fazer uma leitura nova do mundo, do momento que nós vivemos no Brasil, do período histórico e das tarefas que nós estamos pela frente, inclusive da reconstrução do nosso partido. Passamos anos difíceis. Mas, agora, nós precisamos trilhar um novo momento”.
Este ano, o partido passará por eleições internas para a sucessão no comando nacional. O resultado das eleições municipais de 2024 – quando o Centrão e a direita ampliaram o número de prefeituras a serem comandadas - acendeu o alerta para a necessidade de modulação do discurso.
FUTURO DO EX-MINISTRO
Em dezembro passado, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) encerrou dois processos que o ex-ministro respondia pelas investigações da Operação Lava Jato. Com a decisão, Dirceu pode recuperar os direitos políticos e se candidatar nas eleições de 2026.
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