Torne-se membro do canal: https://www.youtube.com/channel/UCARt-nN8otmH-g04Y2me9Vw/join
SOS Má circulação e Trombose (programa avançado): [www.antoniocascelli.com](http://www.antoniocascelli.com/)
E-book “10 formas práticas de combater a má circulação e evitar a trombose”: https://antoniocascelli.com/ebook
E-Book "Guia Prático de Como Cuidar da Circulação pela Alimentação": https://antoniocascelli.com/circulacao-e-alimentacao-ebook
Para contribuir com nossos projetos sociais, use esta chave PIX (telefone): 22981171559
https://www.recoverfarma.com.br/vitamina-d3-vitamina-k2-mk7-60-capsulas-60-doses/p#utm_source=influencer&utm_medium=dr.antonio&utm_campaign=dr.antonio_influencer
A natoquinase é uma enzima que desperta curiosidade e entusiasmo desde que o pesquisador Dr. Hiroyuki Sumi, da Universidade de Chicago, descobriu sua capacidade de “dissolver” fibrina na década de 1980. Esse achado chamou a atenção por indicar que o natô – alimento milenar do Japão, produzido pela introdução da soja com a bactéria Bacillus subtilis – poderia trazer benefícios à saúde cardiovascular, principalmente na prevenção de coágulos que entopem as veias e prejudicam a circulação. É fascinante perceber como algo tão antigo, adotado por camponeses e até mesmo samurais do Período Edo, hoje figura nos laboratórios modernos, revelando um elo entre tradição cultural e ciência de ponta.
Em seu processo de fermentação, o natô gera grandes quantidades de vitamina K2 (especialmente na forma MK-7), nutriente essencial para direcionar o cálcio em ossos e dentes, desviando-o de áreas indevidas, como as paredes dos vasos sanguíneos, onde seu acúmulo pode causar estreitamentos. A enzima natoquinase surge como um “subproduto” desse processo, carregando um potencial intrigante para quebrar ou dissolver fibrina, proteína central na formação de coágulos. Quando esse mecanismo falha, há maior risco de trombose, embolia, AVC e infarto. Ao fornecer suporte fibrinolítico, a natoquinase pode se tornar um aliado extra na proteção de nossas artérias e veias.
Muitas pessoas tiveram dificuldade em encontrar o natô in natura fora do Japão. Para quem não está familiarizado, o natô possui sabor e odor peculiares, além de uma textura pegajosa que pode causar estranheza. Os suplementos de natoquinase acabaram se tornando a forma mais prática de aproveitar seus supostos benefícios, embora, em geral, não sejam tão baratos e nem sempre estejam disponíveis em todos os mercados. Normalmente, as apresentações variam de 100 a 200 mg ao dia (cerca de 2.000 a 4.000 Unidades Fibrinolíticas), e muitas marcas recomendam o uso em jejum, para maximizar a absorção. Porém, quem faz uso de anticoagulantes ou tem histórico de sangramento deve avaliar cuidadosamente antes de iniciar qualquer suplementação, já que a natoquinase pode potencializar ou interferir nos processos normais de coagulação.
Em termos de perspectivas futuras, há discussão sobre a produção de cepas mais eficientes de Bacillus subtilis, capazes de aumentar a quantidade de natoquinase. Também se especula a respeito de formulações combinadas, unindo-a a outros compostos reconhecidamente benéficos à circulação, como ômega-3 e extratos vegetais. As estratégias para melhorar a absorção intestinal e ampliar a meia-vida da enzima no sangue são áreas promissoras de pesquisa, apontando para o surgimento de produtos cada vez mais otimizados.
Não há dúvida de que a natoquinase oferece uma opção interessante para quem quer apoiar a saúde dos vasos sanguíneos. Quem tem histórico pessoal ou familiar de doenças circulatórias encontra, na história desse suplemento, um capítulo cheio de potencial para refletir sobre como os segredos gastronômicos de um povo podem inspirar descobertas científicas em escala global.
Referências científicas:
1. Sumi, H. (1987). Uma nova enzima fibrinolítica (nattokinase) no alimento tradicional japonês “natto”. Experientia, 43(10), 1110-1111.
2. Fujita, M. et al. (1995). Purificação e caracterização de uma enzima fibrinolítica forte (nattokinase) no queijo vegetal natto. Biochemical and Biophysical Research Communications, 197(3), 1340-1347.
3. Kim, JY et al. (2008). Efeitos da nattokinase na pressão arterial: um ensaio randomizado e controlado. Hypertension Research, 31(8), 1584-1588.
4. Schurgers, LJ et al. (2012). Suplementação de vitamina K2 e seus efeitos na calcificação vascular. Trombose e Hemostasia, 108(5), 1137-1147.
5. Lampe, BJ et al. (2017). Nattokinase: Uma alternativa promissora no tratamento de doenças cardiovasculares. Current Pharmaceutical Design, 23(8), 1229-1239.
Sobre o Dr. Antonio Cascelli
Mestre e Doutor pela SCMBH-MEC
Especialista em: Cirurgia Vascular, Angiologia, Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular