Neste vídeo, o Dr. André fala sobre os diferentes tipos de cirurgia de fusão, de Artrodese da Coluna Lombar, que são aquelas cirurgias que fixam a coluna.
Esse tipo de cirurgia é indicado para a degeneração mais grave da coluna lombar, onde há mais perda da altura do Disco Intervertebral, maior artrose das articulações entre as vertebras, e eventualmente até a compressão da raiz nervosa.
Também é indicada para a Espondilolistese, que é o escorregamento de uma vertebra sobre a outra.
É importante ressaltar que a cirurgia de coluna é um dos últimos recursos, nós sempre tentamos primeiro tratamentos menos invasivos, como a fisioterapia, tratamentos medicamentosos, e eventualmente alguns procedimentos minimamente invasivos, como os bloqueios.
Confira a seguir as técnicas para a Artrodese da Coluna Lombar.
Artrodese Via Posterior:
O primeiro passo dessa cirurgia é a Laminectomia, onde é retirada uma parte óssea da vertebra (Lamina), permitindo o acesso aos nervos que descem pela coluna. Ao afastar esses nervos para o lado, é possível acessar o disco intervertebral, retirando fragmentos desse disco, colocando espaçadores e preenchendo o espaço com enxertos ósseos.
Esse enxertos tem o objetivo de ajudar na fixação dessas vertebras, que, ainda durante a cirurgia, vão receber pinos e parafusos dos dois lados, aumentando a estabilidade, fixando a coluna.
Esse procedimento é conhecido pela maioria dos cirurgiões, que estão acostumados em faze-lo, oferecendo como vantagem uma maior segurança ao paciente. Outro benefício é a boa visualização das estruturas nervosas que o procedimento oferece, minimizando a chance de danos aos nervos.
Uma desvantagem da Artrodese Via Posterior, é a alta manipulação da musculatura ao lado da coluna, que pode gerar uma fonte de dores pós operatória.
Artrodese Via Anterior:
Nesse procedimento é feito uma incisão abdominal, abaixo do umbigo. Depois de afastada as demais estruturas, como os vasos sanguíneos por exemplo, o cirurgião retira o disco intervertebral que está degenerado.
Após retirar esse disco, é realizada uma preparação da vertebra (uma raspagem óssea), que vai receber um espaçador, e que é fixado com uma plaquinha, evitando que se desloque, fixando a coluna vertebral.
Essa técnica é possível somente para os discos mais baixos (L4-L5 e L5-S1). Discos mais altos tem a desvantagem de estarem obstruídos por outros órgãos, o que deixaria a técnica mais complicada de ser realizada.
Além disso, também não é indicada para procedimentos de Espondilolistese.
Artrodese Transforaminal (Tlif):
Muito parecida com a Artrodese Via Posterior, a Transforaminal é realizada por acesso único (apenas um lado do disco), onde os instrumentos cirúrgicos são guiados por Raio X Digital, permitindo que o cirurgião retire a Lamina, afaste as estruturas nervosas, e assim, acesse e retire o disco intervertebral danificado.
Após retirado o disco, é colocado um espaçador entre as vertebras, preenchido o espaço com enxerto ósseo, e então, colocado os pinos, parafusos e hastes que vão fixar a coluna.
Essa abordagem, oferece como vantagem uma menor manipulação dos nervos, e a preservação de alguns ligamentos da coluna vertebral, que são importantes para a manutenção da sua biomecânica.
Artrodese Lateral (Llif):
É normalmente realizada com o paciente deitado de lado na mesa cirúrgica. O acesso é realizado pela lateral do corpo, anterior ao músculo Psoas, e os instrumentos cirúrgicos são guiados através do Raio X Digital.
Com os instrumentos posicionados na lateral da coluna vertebral, é retirado o Disco Intervertebral danificado, realizada a raspagem óssea das vertebras e é colocado o espaçador entre elas, que vai se solidificando com o tempo.
Essa é uma técnica que pode ser feita para algumas degenerações de discos mais altas, como o T12-L1, até o L4-L5, não é possível ser realizado no L5-S1 (que é a causa mais comum), por causa do osso da bacia.
A técnica a ser escolhida é de responsabilidade de cirurgião, que deve avaliar o nível de degeneração do disco, a altura que esse disco se encontra, se sofre com a Espondilolistese ou não, e a familiaridade que o cirurgião tem com a técnica.
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Importante: antes de iniciar qualquer tratamento, procure avaliação médica.
Dr. André Mansano - Médico Especialista no Tratamento da Dor. São Paulo – SP.
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