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QUEM DÁ A MÃO PARA UM EX-PRESIDIÁRIO? | Histórias de ter.a.pia #175

ter.a.pia 80,660 lượt xem 2 years ago
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O Alex trabalha com artesanato para sobreviver e cuidar dos quatro filhos porque não há mercado de trabalho para pessoas egressas do sistema penitenciário. Afinal, quem dá a mão para um ex-presidiário?

Ainda criança, aos 9 anos, o Alex fugiu de casa e foi para a Praça da Sé. Era o sonho daquele jovem que muito cedo se tornou órfão de mãe e era cuidado pelos irmãos mais velhos. No centro de São Paulo, ele realizou seu sonho, mas também viveu seu pior pesadelo.

Ali ele começou a se envolver com outras crianças em situação de abandono e começou a furtar carteiras, bolsas, a usar e vender drogas. Dos 9 aos 17 anos, ele passou pela Fundação Casa (antiga Febem) 15 vezes por conta dos delitos cometidos.

Nesse tempo todo, ele ia e vinha da casa dos irmãos. A rua era o seu lar e a vida que ele levava era o destino que ele acreditava ser o dele. Até que, já maior de idade, ele foi preso e dessa vez foi parar num presídio ao lado de outros infratores, alguns deles mais barra pesada.

Lá ele teve um insight de que queria mudar de vida e teve uma conversa franca com Deus. Ele queria responsabilidade, era isso que faltava na vida do Alex para que ele tomasse um caminho melhor.

Deus o respondeu com sua liberdade, dois meses depois da conversa, e também com a responsabilidade de criar quatro filhos: Maicon, Kiara, Luara e Hendrik. Com os filhos, ele entendeu que não poderia mais viver no crime, e assim começou seu trabalho como artesão. Tudo que o Alex encontra na rua vira um acessório, de brincos e colares a filtros do sonho, e é assim que ele consegue levar o pão de cada dia para dentro de casa.

Desde que cumpriu sua última pena na cadeia, o Alex até conseguiu alguns trabalhos formais mas nenhum de longa duração. Essa é uma realidade para quem quer retomar a vida de uma forma diferente depois da prisão, há pouca oferta e oportunidades para pessoas egressas do sistema prisional, mas seria importante o mercado de trabalho ver o potencial dessas pessoas. Todo ano são liberados entre 5 mil e 30 mil detentos no país e dar emprego a eles é fomentar a recuperação do direito à liberdade e a redução de novos crimes.

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